Historicamente, os percevejos de cama vêm picando o homem desde o início dos tempos (Usinger, 1966). Especialistas acreditam que esses insetos parasitavam morcegos e, em função do homem habitar cavernas da região do Mediterrâneo (Sailer 1952, Usinger; Povolny, 1966) onde morcegos também se abrigavam, eles acabaram utilizando o ser humano para sua alimentação. Como o homem vivia da caça e pastoreio, a relação entre ele e o percevejo era mais intermitente. Quando o homem passou a viver em comunidades, formando vilas e cidades, tornou-se mais fácil o estabelecimento de infestações.
No Brasil, por conta das campanhas de controle dos vetores da febre amarela, dengue, malária e doença de Chagas, as infestações do percevejo foram controladas de forma indireta, reduzindo drasticamente sua ocorrência. Essas campanhas foram incrementadas no início do ano de 1900 com Oswaldo Cruz, que deflagrou campanhas de combate à febre amarela, por volta de 1903. O quadro de infestação começou a se reverter a partir da década de 1950, quando melhoraram as condições sanitárias e sociais da população e, principalmente, devido à utilização em larga escala de inseticidas sintéticos de longo efeito residuais recém introduzidos, como o Dicloro Difenil Tricloroetano (DDT). A partir de então, as infestações tornaram-se raras, sobretudo nos países desenvolvidos. De modo geral, as observações sobre o aumento no número de infestações de percevejos de cama vêm sendo feitas desde meados da década de 1990.